sábado, 3 de abril de 2010

ideologias, nas entrelinhas

Percebi que pertenço à música. Fui criada pela música. Me permitir participar de um imaginário brasileiro da década de 70.

Meu pai é músico. Nas horas vagas é cardiologista, rs.

Sua alma respira música. Sempre quis entendê-lo. Decifrar seus sentimentos misteriosos e densos. Ele os mostrava pra mim desde pequena, pela música.

Geraldo Vandré, Chico Buarque, Caetano e Gil, Paulo Cezar Pinheiro, Braguinha, Adoniram Barbosa, muitos passaram pela sua viola. E por minha alma.

Quando meu avô lhe presenteou com um livro de músicas desde sempre barsileiras eu vez por outra, em casa, a tarde, roubava o livro para ler, reler, reidentificar e mergulhar nas ideologias escritas ali, nas entrelinhas.

Foi assim que virei mestre em entrelinhas. O que não era dito mas estava ali tão claro pra mim. Exercitei isto com a música.

2 comentários:

celeal disse...

Você nas entrelinhas, entre pautas musicais, entre lápis, entre pincéis, entre cores...entrevida!
abraços e feliz páscoa a todos!
Carlos Eduardo

Renata Vilanova disse...

fico muito feliz com este comentário. bjs!