pés de uma menina princesa. riso largo. mãos que cantam. dança, pulo, dependurada. lá vai isadora dependurada na sua vida que nasce grande e gostosa. livros que abre com curiosidade. amigos que abraça. cara de levada. lá vai ela trepando arteira e devidamente criança.lá vai ela na escola, com meninos e meninas. lá vai a menina linda que desata nós, cria novos laços deliciosos de serem saboreados.
lá vai pra longe o choro franco de rito de passagem. a dor pontiaguda no peito. lá vem um carimbo cravado na palma da mão colorida de tinta: uma forma de coração.
isadora ama imensamente. e isso é lindo demais. ela observa e pontua comentários incríveis sobre os que estão a sua volta. ela já vê o outro em seus detalhes.
esta é a menina que descalça, com pés melados de lama, riso franco e gargalhadas abertas encara o mundo. de frente. protegida pelos que a amam. sem hesitar.
nossa pequena grande fada azul.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Mescla de linguagens no livro infantil
Há, portanto, no livro, uma mescla de linguagens: além do texto escrito, existe a sua linguagem visual que interage com a linguagem verbal. Essas linguagens, juntas, promovem um encantamento no leitor, que as transforma em atitudes cotidianas, e em consciência crítica.
(Renata Vilanova, 2005)
(Renata Vilanova, 2005)
Há uma permissão de entrar no universo do discurso do ilustrador
Que universo de discurso é este, que é premiado, que é escolhido pela infância de hoje? Que infância é esta? E porquê da escolha? (Renata Vilanova, 2009)
O riscos e manchas atuam na interpretação
Atuam na semântica da ilustração, já é figura de linguagem, é qualitativa, dá qualidades ao texto, é proto-linguagem, se abre em significantes e potencialidades de sentidos. (Renata Vilanova, 2010)
PARADA OBRIGATÓRIA DO ILUSTRADOR
Tem que visitar o blog http://capaduraemcingapura.blogspot.com/
Graça Lima, Roger Mello e Mariana Massarani comentam, mostram imagens, viajam sobre ilustração, livro, criança, arte......................
Graça Lima, Roger Mello e Mariana Massarani comentam, mostram imagens, viajam sobre ilustração, livro, criança, arte......................
terça-feira, 6 de abril de 2010
Mais mural - se perdendo (ou se achando) em imagens
Outro mural, só que esse é de retalhos de trabalhos dos últimos tempos. Registros, bilhetes, desenhos, tempos, vazios, anúncios...................... enfim, pensamentos ("entulhamentos") gráficos.
mural lá de casa - cidade do Porto
Em 2000 fui artista residente dos Ateliers da Lada, quando Porto e Rotterdam eram capitais eutopéias de cultura. Aqui enfei uma colagem de retalhos do porto. cidade cinza, densa, triste, poética, embriagada. Às 3 da manhá respirava aquele Rio Douro pelas janelas escancaradas.
Tatiana Belinky, que feliz ter ilustrado para ela!
No livro infantil... forma é a apresentação é como se conta uma estória que tem que ser esteticamente correta, bem contada e que prenda o conteúdo sem ... e,fundamental, senso de humor.
livros da gente que ganharam prêmios:
PNLD de São Paulo
2004
2005
2005
2010
Geração 70-80 de livros infantis e a nova geração (90-2000) - por Eva Furnari
trechos da entrevista de Eva Furnari:
"... Na ilustração de hoje..."
"... maneira de ilustrar que inclui computador... instrumento novo..."
"... maneira diferente de ilustrar: jovens que quando criança foram criados mais soltos..."
"crítica: muitas vezes a criatividade tem que ser acompanhada de estruturação - que vem com a maturidade."
"... [falta/para] fazer uma ilustração que ainda não esteja muito amarrada com o texto."
"... parecida com linguagem mais rápida..."
"... criança hoje em uma nova estética."
Livro de imagens digital - Angela Lago
Contribuição da bonita Angela Lago
O conteúdo no livro infantil, inspirado em idéias e percepções da sociedade contemporânea. Segundo ela, a criança se sente mais confortável em receber tais imagens do que o adulto.
"A CRIANÇA É AMPLA" - por Roger Mello
"Escrever pra criança é deixar que o texto de guie. É não pensar na coisa."
E agora José?
Não é que o clipe abaixo me lembrou algo...
Essa visualidade psicodélica registar bem uma época. Finais dos anos 60, e os anos 70. Muitas cores, curvas sinuosas, sobreposiçãod e imagens fechadas. Massas de cores tocando em massas cinzas.
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
ideologias, nas entrelinhas
Percebi que pertenço à música. Fui criada pela música. Me permitir participar de um imaginário brasileiro da década de 70.
Meu pai é músico. Nas horas vagas é cardiologista, rs.
Sua alma respira música. Sempre quis entendê-lo. Decifrar seus sentimentos misteriosos e densos. Ele os mostrava pra mim desde pequena, pela música.
Geraldo Vandré, Chico Buarque, Caetano e Gil, Paulo Cezar Pinheiro, Braguinha, Adoniram Barbosa, muitos passaram pela sua viola. E por minha alma.
Quando meu avô lhe presenteou com um livro de músicas desde sempre barsileiras eu vez por outra, em casa, a tarde, roubava o livro para ler, reler, reidentificar e mergulhar nas ideologias escritas ali, nas entrelinhas.
Foi assim que virei mestre em entrelinhas. O que não era dito mas estava ali tão claro pra mim. Exercitei isto com a música.
Meu pai é músico. Nas horas vagas é cardiologista, rs.
Sua alma respira música. Sempre quis entendê-lo. Decifrar seus sentimentos misteriosos e densos. Ele os mostrava pra mim desde pequena, pela música.
Geraldo Vandré, Chico Buarque, Caetano e Gil, Paulo Cezar Pinheiro, Braguinha, Adoniram Barbosa, muitos passaram pela sua viola. E por minha alma.
Quando meu avô lhe presenteou com um livro de músicas desde sempre barsileiras eu vez por outra, em casa, a tarde, roubava o livro para ler, reler, reidentificar e mergulhar nas ideologias escritas ali, nas entrelinhas.
Foi assim que virei mestre em entrelinhas. O que não era dito mas estava ali tão claro pra mim. Exercitei isto com a música.
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