Talvez eu estivesse apenas dormindo. Ou requentando o café. Mas tinha uma luzinha que insistia em entrar pela fresta da janela. E essa luz era tamanha que ofuscava as vistas. Era quente e âmbar, e dava pra ver a poeirinha dançando pelo seu rastro. A iluminada irritante trazia a certeza de que eu respirava poeiras.
Coloquei o travesseiro em cima do rosto, amassei bem contra minhas bochechas e, hunpf, o quentinho ainda estava por ali. Hum, gostoso.
E comecei a tatear a danada pensando em capturá-la e guardar dentro de uma caixinha a sete chaves que guardo debaixo de minha cama desde os meus três anos de idade. Há muita coisa nela. Há a Bela e a Fera, contada pelo Monteiro Lobato em pessoa, para mim, no sofá do apartamento na João Pessoa. Apartamento que provou eu não ser nada sustentável, quando saía correndo pelada e com o chuveiro ligado só pra ver mais um episódio de o Sítio do Picapau Amarelo, com design do Rui de Oliveira.
Ah, mas e a luz quentinha... agora eu estava com a sola do pé para cima tentando tatear seu percurso. Engoli seco uma saliva matinal pra perceber que era hora de levantar. Nenem já chorava: mamã. E é tão deliciosos entrar pelo quarto e ver uma menina já fazendo seus "apontamentos" de olhões arregalados e sugerindo palavras inventadas. Ela adoraria aquele sol quentinho que me acordara. Ela adoraria enfiar o pé na lama como a muito eu não fazia, mas sempre amara. Ela gostaria de ir ao Chuí, ao Evereste, ao Monte Sinai, ao Alaska, como muitas vezes imaginei-me... Será? Quem é ela? O que ela sonha? Como conquistá-la? Pensaria em escrever-lhes aos quatro ventos e publicar em letras garrafas: TE AMO. É por isso que quero te ver VIVER. VIDA que pulsa forte, larg, intensa.
Estou apaixonada. Minha paixão tem um nome lindo. É Isadora.
Coloquei o travesseiro em cima do rosto, amassei bem contra minhas bochechas e, hunpf, o quentinho ainda estava por ali. Hum, gostoso.
E comecei a tatear a danada pensando em capturá-la e guardar dentro de uma caixinha a sete chaves que guardo debaixo de minha cama desde os meus três anos de idade. Há muita coisa nela. Há a Bela e a Fera, contada pelo Monteiro Lobato em pessoa, para mim, no sofá do apartamento na João Pessoa. Apartamento que provou eu não ser nada sustentável, quando saía correndo pelada e com o chuveiro ligado só pra ver mais um episódio de o Sítio do Picapau Amarelo, com design do Rui de Oliveira.
Ah, mas e a luz quentinha... agora eu estava com a sola do pé para cima tentando tatear seu percurso. Engoli seco uma saliva matinal pra perceber que era hora de levantar. Nenem já chorava: mamã. E é tão deliciosos entrar pelo quarto e ver uma menina já fazendo seus "apontamentos" de olhões arregalados e sugerindo palavras inventadas. Ela adoraria aquele sol quentinho que me acordara. Ela adoraria enfiar o pé na lama como a muito eu não fazia, mas sempre amara. Ela gostaria de ir ao Chuí, ao Evereste, ao Monte Sinai, ao Alaska, como muitas vezes imaginei-me... Será? Quem é ela? O que ela sonha? Como conquistá-la? Pensaria em escrever-lhes aos quatro ventos e publicar em letras garrafas: TE AMO. É por isso que quero te ver VIVER. VIDA que pulsa forte, larg, intensa.
Estou apaixonada. Minha paixão tem um nome lindo. É Isadora.
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