terça-feira, 29 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

espelho


sábado, 12 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Limites intangíveis

Alice teve que olhar através do espelho para ver o mundo al revez, hoje, basta olharmos da janela.

Eduardo Galeano escreveu este texto, não sei se exatamente com estas palavras, para um livro seu, se não me engano: As veias abertas da América Latina.

Interrogações a parte, ele me lembra a humanidade de seu jeito mais corretivo, atento.

Um amigo me contou que talvez "distraídos venceremos", e desta forma consigamos rever o espelho já quebrado de Branca de Neve e, remontando-o como Gaudi, possamos reler seus cacos e, mais ainda, suas rachaduras, fendas, brechas, entrelinhas que ali, por serem margem, sustentam o link de um caco e outro, e por isso parte de mim distorcida que me faz enxergar o espelho integralmente em progressão infinita.

O mesmo Eduardo Galeano enxerga a pequena morte do Livro dos Abraços como a dor prazerosa e, érotica, diria Barthes de uma fenda, um vazio, um espasmo. É aí que somos, onde não sabemos mais os limites, pois estamos nele. Na verdade ele vira a-corda bamba do bêbado equilibrista nos mostrando que é na aventura lobateana que a realidade é vista.

Desta forma, não é no corretivo, na emenda, que a coisa acontece, mas sim em sua distração, quebra, ruptura, fenda, vazio. Não é na pintura, mas no suporte, não é no lápis, mas sim no papel, onde há o risco, o gesto, a expressão. Espasmo, vômito espontâneo de mim.

Então acho que Alice tinha mais realidade que nós. Que coisa mais sem graça apenas observar da janela. Mergulhar sim, num espelho que nos mostra novos mundos e outros e nos projeta de ponta cabeça é que é dar a cara a tapa, encharcar-se de verdades...

O que é a realidade senão uma visão de mundo?

Eu escolho a liberdade. Eu escolho a expressão. Eu escolho o recuo. Eu escolho os silêncios. Eu escolho a lealdade. Escolho ser gauche. Eu escolho a diferença. Eu escolho a criatividade. O papel ainda em branco. Eu escolho Pollock.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dulcinéia

ofereço dom quixote.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bonequitas

O anjo torto de Drummond


"Quando nasci, um anjo torto, desses que vivem na sombra, disse: vai, Carlos! ser gauche na vida." Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ponte D. Luiz